Interlocutores de ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dizem que eles vão seguir o roteiro processual no caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para não permitir que petistas aleguem cerceamento à defesa. Mas também não irão dar espaço a manobras protelatórias da equipe de advogados do petista.
Por exemplo, eles não anexaram as certidões exigidas pela Justiça Eleitoral, como a de que Lula não tem condenação em segunda instância, numa tática para ganhar três dias a mais de prazo. A meta do TSE é tentar encerrar o caso Lula ainda em agosto, acelerando o que for possível.
O tribunal não quer a judicialização do processo. Mas, no estilo da nova presidente, Rosa Weber, não deve adotar atalhos para tratar do processo do petista.
Luiz Roberto Barroso deve ser mesmo o único relator do registro de Lula, o que não agradou o PT, porque o ministro sempre foi muito rigoroso ao tratar de temas relacionados à corrupção e um defensor ardoroso da Lei da Ficha Limpa.
Dessa forma, a ala petista que defende uma troca mais rápida do candidato a presidente do PT na eleição deste ano, formada por governadores e candidatos a senador, torce para que o TSE decida rapidamente sobre o registro da candidatura de Lula.
Essa ala avalia que já está tudo decidido, principalmente depois que Barroso foi escolhido relator, e que ficar numa batalha jurídica infindável pode imobilizar o partido e criar confusão na cabeça dos eleitores simpatizantes do ex-presidente e do partido.
O ideal, para essa ala, é que a troca já ocorra no início da propaganda eleitoral na TV e no rádio, em 31 de agosto.
Do G1