A defesa do empresário Marco Antônio de Luca, preso preventivamente em uma das fases da Operação Lava Jato no Rio, vai requerer à Justiça Federal em suas alegações finais que o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal, seja declarado incompetente para conduzir o processo resultante da Operação Ratatouille, realizada pela Polícia Federal em junho.
Na operação, Luca foi detido após ser identificado como suposto provedor de propina para o esquema do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). O réu também é conhecido por ter sido um dos personagens do episódio que ficou conhecido como “farra dos guardanapos”.
O empresário, ligado ao grupo Masan –que fornece refeições para vários setores da administração pública estadual–, argumenta que, durante as investigações conduzidas pela PF, o atual governador do RJ, Luiz Fernando Pezão (PMDB), fora apontado como um dos beneficiários da propina supostamente paga pelo réu.
Por esse motivo, alega a defesa, o caso seria de competência do STJ (Superior Tribunal de Justiça), por envolver o chefe do Executivo fluminense –que tem prerrogativa de foro.
Em março, o MPF remeteu o relatório da PF para a PGR (Procuradoria-Geral da República), que atua junto ao STF. A reportagem do UOL solicitou informações sobre o andamento processual no âmbito da Procuradoria, que informou que iria apurar o caso. Não houve retorno até o fim da noite desta segunda-feira (14).
As informações são do UOL.