A Polícia Federal iniciou, na manhã desta segunda-feira, uma nova fase da Operação Lava-Jato. Nesta etapa, as diligências estão sendo realizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.
Um dos alvos é o publicitário João Santana, que foi marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A operação decretou a prisão temporária dele e de sua mulher, mas Santana ainda não foi preso porque está no Exterior. A suspeita é que esteja na República Dominicana, onde trabalha na tentativa de reeleger o atual presidente, Danilo Medina.
Também são alvo desta etapa a empreiteira Odebrecht e o engenheiro Zwi Skornicki, que operava propinas no esquema da Petrobras. O inquérito investiga supostos pagamentos de R$ 7 milhões ao marqueteiro pela Odebrecht em paraísos fiscais.
A 23ª fase foi batizada Acarajé, em referência à expressão que alguns investigados usavam para se referir a dinheiro em espécie.
Cerca de 300 policiais federais cumprem 51 mandados judiciais, sendo 38 de busca e apreensão, 2 de prisão preventiva, 6 de prisão temporária e 5 de condução coercitiva.
A nova fase ocorre menos de um mês depois da Operação Triplo X, realizada em 27 de janeiro em São Paulo e Santa Catarina. A 22ª etapa mirou apartamentos da empreiteira OAS que, segundo investigações, teriam sido usados para repasse de propina do esquema de corrupção da Petrobras.