Um grupo de parlamentares de oposição ao presidente interino Michel Temer (PMDB) protocolou uma representação nesta segunda-feira (8) na PGR (Procuradoria-Geral da República) pedindo seu afastamento do cargo.
A argumentação é que na Presidência Temer adquire imunidade temporária e, pela Constituição, não poderia ser investigado por crimes fora do período à frente do mandato.
Por isso, os parlamentares afirmam que ele está loteando o governo para garantir apoio ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff com o objetivo de se manter imune às investigações da Lava Jato.
A representação cita as acusações feitas na delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado de que Temer pediu recursos desviados da estatal para a campanha do PMDB à Prefeitura de São Paulo, e da pré-delação de Marcelo Odebrecht, que relatou um jantar com Temer no qual ele teria pedido recursos que teriam sido dados via caixa dois. Temer nega essas acusações.
A representação é assinada, dentre outros, pelos líderes da oposição Lindbergh Faria (PT-RJ), do Senado, e, Jandira Feghalli (PC do B-RJ), da Câmara. Os parlamentares foram à PGR protocolar a representação, mas não chegaram a se reunir com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Não há prazo para Janot decidir sobre a representação.