Por Welliton Resende
Os desvios de vacina ocorridos na cidade de Manaus (AM), chamam a atenção para um problema nevrálgico: são frágeis os controles existentes sobre o público-alvo a ser vacinado e muitas doses correm o risco de vir a ser aplicadas em grupos não prioritários como os profissionais da linha de frente contra o Covid-19 e idosos mantidos em abrigos.
Na capital amazonense circulam fotos de duas mulheres que foram nomeadas às pressas pela prefeitura apenas para receberem as doses de vacina. Uma vergonha que, infelizmente, pode se alastrar por outros municípios do Brasil.
Só lembrando que os responsáveis pelo controle das pessoas que recebem as doses são as prefeituras. O papel dos governos estaduais é o de apenas entregar as vacinas para os municípios, de acordo com critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Desse modo, para que haja obediência aos critérios de impessoalidade e eficiência recomenda-se que as prefeituras elaborem listas nominais, com a identificação de todos os que deveriam receber a imunização. Os portais da transparência das prefeituras devem trazer o seguinte:
-a quantidade precisa de doses recebidas pelo município;
-a lista nominal das pessoas a serem vacinadas por grupos prioritários;
-a divulgação de um cadastro municipal de vacinados com informações sobre a data de vacina e a dose recebida;
-a divulgação de canais de denúncia para a população.
Como essas medidas, as vacinas podem chegar efetivamente às pessoas que fazem parte do Plano Nacional de Imunização. Vamos ficar de olho vivo nas vacinas!!!