A Polícia Civil do Piauí confirmou, ontem, que os maranhenses Patrick Soares da Silva e Paulo Rafael Lago Veras, em companhia de mais cinco pernambucanos, um baiano, cinco cearenses e dois paraenses foram presos acusados de tentarem fraudar o concurso da Polícia Militar piauiense, no último domingo.
O delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Ridel Batista, declarou que esse caso está sendo investigado pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Grego) e há possibilidade de os detidos serem “concurseiros” que procuram ingressar no serviço público de forma ilegal. “A lisura desse concurso está mantida e todas as pessoas que tentaram fraudar a prova foram presas”, garantiu o delegado.
Ele disse ainda que os detidos foram flagrados com celulares e gabaritos das provas de Português e Conhecimento Geral. O material está sendo analisado pela polícia para verificar a sua procedência.
Ridel Batista informou que das 15 pessoas detidas, oito pagaram fiança de dois salários mínimos, e foram liberados, enquanto os outros serão julgados em audiência de custódia, pois além de terem sido autuados por tentativa de fraude, respondem, também, por associação criminosa.
Fraude
Esse concurso teve a sua primeira etapa, que ocorreu no dia 21 de maio deste ano, anulada, após ter sido comprovada a ocorrência de fraude. Houve vazamento de cinco questões de português.
A polícia também informou que no dia 7 de maio, um segurança de um shopping, na capital piauiense, foi detido pela polícia acusado de vender questões da prova de Português por R$ 2 mil.
O concurso da Polícia Militar do Piauí oferece 400 vagas e a prova foi elaborada pela Universidade Federal de Pernambuco e a aplicação do certame continua sob responsabilidade do Núcleo de Concursos e Promoções de Evento (Nucepe) da Universidade Estadual do Piauí (Uespi). O concurso, segundo informações do Nucepe, teve mais de 32 mil inscritos.