A Justiça Federal transformou, nesse fim de semana, as prisões temporárias de Mariano de Castro Silva e Luiz Marques Barbosa Júnior em prisões preventivas (prazo indeterminado). A decisão foi do juiz Márcio Araújo, que responde pela 1ª Vara Criminal da Justiça Federal no Maranhão, por conta da licença médica da juíza Paula Moraes. As ações decorrem da “Operação Pegadores”, continuidade da “Operação Sermão aos Peixes”, da Polícia Federal.
A participação de Luiz Júnior no esquema, segundo a operação da Polícia Federal, era de desviar recursos públicos por meio de sua empresa Brasilhosp. Durante a operação, 30 cheques desta empresa foram apreendidos com Mariano Castro, cada um com valor de R$ 10,5 mil.
Mariano Castro também tem uma empresa envolvida no esquema. A Polícia Federal disse que por meio da MT Gás Ltda. ele ‘lavava dinheiro’. Seu cunhado, Thiago Azevedo, é sócio na empresa.
Até a sogra de Mariano, Ideide Azevedo, tinha empresa em seu nome participando dos repasses. A ISCM, segundo as investigações policiais, superfaturava serviços médicos. Ideide Azevedo estava presa, mas ganhou o benefício do monitoramento por meio da tornozeleira eletrônica, assim como Thiago Azevedo. Rosângela Aparecida Barros Curado, apontada nas investigações como o centro do esquema, conseguiu habeas corpus, na última semana.
A investigação da Polícia Federal apontou que o desvio de recursos públicos federais que deveriam ter sido empregados na Saúde do Maranhão chegou à casa dos R$ 18 milhões.
A PF aponta ainda que ‘funcionários fantasmas’, mais de 400, estavam em ‘folhas complementares’, que eram colocadas no orçamento mensal de hospitais da rede estadual. Por meio de escutas telefônicas, os policiais concluíram que autoridades, como o atual secretário de Saúde, Carlos Lula, chegou a tomar conhecimento dessas folhas, mas não agiu como deveria.
Do G1