Na tarde desta quarta-feira, 28, a deputada eleita Mical Damasceno (PTB), concedeu entrevista ao radialista Geraldo Castro, no Programa Abrindo o Verbo – Mirante AM.
Sendo a mais votada da sua coligação, com 30.693 mil votos, Mical atribuiu a sua vitória, primeiramente, à Deus e afirmou que é fruto da força política das igrejas Assembleias de Deus, congregação a qual faz parte desde criança.
Se autointitulando com o codinome de ‘coragem’, a deputada, que nasceu em Anajatuba e aos 11 anos se mudou, com a família, para o município de Viana, iniciou a sua fala, de forma serena, agradecendo a toda Convenção CEADEMA (Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Maranhão) que a permitiu fazer parte do que chamou de “grande projeto”.
Agradeceu, também, ao Conselho Político, pelo apoio e empenho e à todos os familiares, amigos e lideranças de pastores e missionários que, por meio, da ajuda na divulgação de seus projetos e materiais de campanha, pôde fazer um trabalho com amor, consciente e de unidade.
“Eu nasci em Anajatuba e aos 6 anos fomos morar em Magalhães de Almeida, no Baixo Parnaíba com toda a minha família. Aos 11 anos de idade, a nossa família se mudou para Viana e, por isso, eu me considero uma vianense. O povo evangélico, dessa vez, entendeu que havia a necessidade de uma representatividade evangélica e nós conseguimos essa grande vitória. Houve uma organização das Assembleias de Deus e eu faço parte do projeto político e social da CEADEMA. Eu concorri nas prévias uma eleição interna dentro do Colegiado de pastores, juntamente com mais três candidatos e nós ficamos em primeiro. Tinha ainda outro candidato, que desistiu e eu fui a candidata à deputada estadual oficial da Convenção “, contou a dona dos mais de 30 mil votos.
Ao falar da sua trajetória de vida, Mical relembrou a 1° vez que foi candidata, no ano de 2008, na cidade de Viana, pleiteando o cargo de vereadora.
Mesmo sendo a 1ª mais bem votada da sua coligação, não obteve êxito na disputa por não alcançar quociente eleitoral.
Em 2014, lançando o seu nome para candidata federal, a vitoriosa deputada reconheceu que por falta de ouvir conselhos e costurar apoios, fez uma campanha isolada, sem sucesso.
Filha de pastor
Filha do pastor Pedro Aldi Damasceno, presidente da Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Maranhão e 3° vice-presidente da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil), Mical confessou que o seu pai nunca a motivou para entrar para a política. Houve uma certa resistência.
“Meu pai nunca me motivou a entrar para a política. Na primeira e segunda vez que fui candidata, ele não concordou, mas, agora, na terceira, ele respeitou a minha decisão e me deu apoio. Dessa vez eu entendi que nem tudo é do meu jeito. Eu tenho ré! Eu ouvi os conselhos das lideranças e segui o caminho certo”, reconheceu.
Deputada “pé no chão” e sem padrinhos políticos
Totalmente pé no chão e uma deputada com a cara do povo, Mical ainda revelou que é uma pessoa do cabo da vassoura ao microfone, pois é, com muito orgulho, dona de casa, filha, mãe, avó e amiga.
Sem berço político, apadrinhamento ou financiador de campanha, os ouvintes puderam saber que a deputada não teve nenhum apoio da classe política na sua eleição.
“Nós não tivemos apoio de político algum. Não tivemos nenhum vereador, nenhum prefeito nos apoiando. Tivemos apenas o apoio dos irmãos de várias denominações e amigos. Para eu chegar aqui no teu programa, Geraldo, eu já lavei roupa, eu já cozinhei, já varri casa. Eu sou uma pessoa assim”, declarou.
Relação Bolsonaro x Flávio Dino
Ao ser questionada pelo radialista sobre como vai manter a relação com o governador do estado, Flávio Dino e o presidente eleito, Jair Bolsonaro, Mical foi bem direta ao afirmar que mesmo sendo da base aliada do governador, o apoiando e acreditando no seu projeto político de progresso e desenvolvimento para o Maranhão, o governador soube, desde o início, do seu compromisso apenas na esfera estadual.
“O governador soube desde o início da nossa posição e sempre respeitou. Apoiamos o presidente Bolsonaro, em 1° lugar, por ser uma orientação da CGADB e da CEADEMA e por compactuarmos com os princípios e valores defendidos em nossa campanha”.