Professores de escolas públicas e particulares já podem comparecer aos postos de saúde para a vacinação gratuita contra o vírus da influenza (gripe). Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Brasil possui 2,2 milhões de professores, dos quais 75% estão na rede pública.
O secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Rossieli Soares, explica a inclusão dos professores na lista prioritária de vacinação, assim como os idosos e as crianças: “Eles são pessoas que circulam em todos os meios; têm contato diário com todos os alunos. À medida que um professor adoece, todos os demais alunos passam a ser prejudicados com a falta daquele professor. Então, pensar no acesso ao professor é pensar na educação, na garantia e no bem-estar desse profissional, que é fundamental para a existência da educação e para o que acontece na escola.”
Para atender a essa demanda, o Ministério da Saúde incluiu os profissionais de magistério entre os que recebem a vacina de graça, juntamente a gestantes, idosos e crianças até cinco anos de idade, por exemplo. “Todos os anos, avaliamos a necessidade de incluir novos grupos de acordo com os riscos de adquirir a doença. Os professores estão sempre em locais fechados, o que aumenta o absenteísmo”, informou Carla Domingues, coordenadora nacional de imunizações.
Segundo Carla, também foi recomendando às prefeituras que avaliem a possibilidade de vacinações volantes, para que sejam realizadas também nas escolas – além dos postos do Sistema Único de Saúde (SUS). A inclusão dos professores também só foi possível graças a uma aquisição maior de vacinas este ano – 60 milhões de doses. Em 2016, foram 54 milhões.
A campanha nacional de vacinação, que começou esta semana e prossegue até 26 de maio, tem como meta imunizar 49 milhões de pessoas.